ARTESCRITA

O dia em que matei meu pai
Mário Sabino
Publicado na França, Itália, Argentina, Portugal, Austrália/Nova Zelândia, Holanda, Coreia do Sul e Romênia, este romance de Mario Sabino é um dos mais traduzidos da literatura brasileira contemporânea. O dia em que matei meu pai parte de uma trama aparentemente simples, a do narrador que conta à sua analista os motivos pelos quais matou o pai. A narrativa mescla suspense, tragédia e uma profunda reflexão sobre a alma humana. O autor constrói um texto no qual a psicanálise, a filosofia, a religião e a literatura se sobrepõem num discurso marcado pela dissimulação. Uma história de mistério em que o leitor deve descobrir não o crime ou o criminoso, explícitos desde o título, mas as motivações para o ato. Um belo romance de ideias.
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Tão Longe e tão Perto
Lita Moniz
Pensar, sentir, ir e vir.
E este corpo a pedir.
Sou um mendigo criança.
Vontades mil a chegar.

Fome a jorrar.
Fome a pedir alimento, sustento.
Fome de sexo e de amor.
Fome de paz, serenidade.
Fome de felicidade.

Este espaço limitado,
Onde mora a dor e o fado.
O pensar sempre a apontar
para uma cruz a carregar.

E a tal felicidade!
O que é isso afinal!
É a miragem do deserto.
Tão longe, tão perto.
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