Doce Saudade - Nair Damasceno
Algumas saudades sinto
Que relembro com
ternura,
Sem o sabor do
absinto
São como belas
molduras.
O primeiro
namorado,
O despertar do
desejo,
Um olhar
apaixonado,
Aquele primeiro
beijo.
Saudades da
esperança
Que vivi a
esperar,
Saudades de mim,
criança,
Saudades de
cirandar.
Saudades da
abecedista,
Saudades da
pescadora,
Saudades da
ativista,
Saudades da
sonhadora.
Saudades das
caminhadas
Por estradas
poeirentas,
Das pontes
atravessadas,
Dos rios de águas
barrentas.
Saudades de um
violão
Plangentemente a
tocar
No ritmo do
coração
Ao som das ondas
do mar.
Saudades da lua
cheia
Surgindo ali no
horizonte
Tão perto beijando
a areia,
As dunas, o céu e
a ponte.
Saudades do sol
raiando
Como um grande
desafio,
Saudades do sol se
pondo
Do outro lado do
rio.
Saudades, belas
saudades
Que as tristezas
decantam
E em doce
cumplicidade
Não choram,
felizes cantam.
São tantas doces
lembranças
(Pra que lembrar
as doridas?),
Eu as trago como
herança,
Pedaços da minha
vida.
Leia mais em: sitedepoesias.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário