Ensaio fúnebre - Rita Cruz
Tenho ensaiado a minha morte,
dia após dia.
E como nos invólucros fúnebres,
me visto de preto.
A cova profunda,
maior que meu coração,
abre sete palmos de gozo,
esperando meu cadáver histérico.
E vem uma chuva fininha
atrapalhando as falsas lágrimas
dos olhos curiosos-enfadonhos.
O cheiro de flor barata
e o cortejo despreocupado
emocionam essa que se vê
morrendo cada e todo o dia.
Tenho ensaiado a minha morte,
dia após dia.
E como nos invólucros fúnebres,
me visto de preto.
A cova profunda,
maior que meu coração,
abre sete palmos de gozo,
esperando meu cadáver histérico.
E vem uma chuva fininha
atrapalhando as falsas lágrimas
dos olhos curiosos-enfadonhos.
O cheiro de flor barata
e o cortejo despreocupado
emocionam essa que se vê
morrendo cada e todo o dia.
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