Pessoa
- Rita de Cássia
São tantas as minhas pessoas,
Tão
diversa a minha face...
Conhece
meus disfarces?
São
quaisquer coisas boas;
É,
talvez, o que devasse
Assim
como um rio sem canoas...
São
tantos os meus versos,
E tão
falsa a minha imagem...
Compreende
a minha mensagem?
Entendo,
através dos meus nexos,
Os
caminhos sem passagem;
Eram,
talvez, possessos...
Sou
fingidora e lástima
Aos
leitores que percebem:
Cada
verso é uma máscara ...
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