QUEM TEM MEDO DA
ONÇA?
Rua Mato Grosso
esquina de Av. Augusto de Lima, década de 1950. (foto atual)
Ela aparecia de vez em quando. Seu nome era Gilda. Chegava e
todos percebiam ser uma mulher sofrida. Maltrapilha, maltratada, fora de si. As
conversas eram de que ela havia sido bem de vida quando proprietária de uma
“casa de tolerância”(naquele tempo não havia motel).
Sua condição ensejava que “os marmanjos”, homens que
trabalhavam naquele espaço, se aproveitassem da sua insanidade. Eles começam a
gritar:”olha a onça”;”olha a onça” e ela em acesso de fúria levantava a saia e
começa a dançar piruetas sem que nada houvesse por baixo da saia. Ela estava nua!
Era um escândalo! As mães corriam a proteger seus filhos e filhas diante de tão
grande afronta e os levava para dentro de casa.
Em breve ela apareceria de novo.
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