O DIA QUE CAÍ NUM GOLPE
Existe um novo golpe na praça. Confesso que até “moi-même”, já caÍ nessa. Funciona da seguinte maneira: Uma amiga te liga, assim, do nada. Convida para uma reuniãozinha na casa dela, que é geralmente num sábado ou domingo à tarde. “Vem, menina! Vai ser tipo um “clube da Luluzinha”. Vamos comer uns petiscos, bebericar alguma coisa e papear longe dos brutamontes! Vem! Vai ter uma surpresinha!” Minha mente maligna funcionou assim: “Hum, clube da Luluzinha... Surpresinha... Sei. Será que ela contratou gogò boys? Oba! O cowboy é meu!”. Chegando lá, encontrei mais umas dez como eu, perguntando que horas “a surpresa” chegaria. Aí sua amiga te enrola, papo vai, papo vem, bebida vai, bebida vem, e ela finalmente anuncia que a surpresa chegou. Mas há essa hora o teor etílico no seu sangue já tá lá nas alturas, e você não é mais dona de si. “Oba! O striper chegou!” Daí que, entraram três mulheres lindíssimas com quase 1,80m cada. Pensei: “Tá me estranhando, mano!”. Começaram a falar, falar e demonstrar inúmeros tipos, modelos, cores, tamanhos, sabores e cheiros dos produtos de sexshop os quais representavam. Enfim, gastei meu rico dinheirinho em produtos que até hoje não sei como usar, devido ao fato de estar “pra lá de Marrakesh” na hora da palestra e ser cega o suficiente pra não conseguir ler as instruções nos rótulos.
Esse foi o meu caso. Essa é a minha vida.
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