MUITO PRAZER
Rubem Dornas
Caminhávamos em direções opostas.
Ela para o norte. Eu para o sul.
Ou seria de leste para oeste?
Sei lá.
Estava um tanto atordoado com tanta beleza.
Perdi o senso.
Faltaram-me o fôlego e as palavras.
Ela, ao alcance das minhas mãos, enquadrada no meu olhar desejoso.
Podia imaginar seu cheiro e este a tontear meu cérebro.
Lívido, perdi a cor da face.
Extático, parei.
Sua imagem chegava mais e mais.
O coração disparado pela proximidade cada vez maior.
Perto. De muito perto, seus lábios me mandaram um sorriso de enigma.
E agora?
Que faço? Que falo? Que penso?
Nada fiz. Nada murmurei. Nada me veio à mente.
Apenas a acompanhei com olhos e
confundir-se na multidão.
Em mim uma sensação que não consegui explicar.
Envie sua poesia para rubdorfi@ibest.com.br e ela será publicada aqui no Terapia.
3 comentários:
boniiiiiiiiiiiiiiiito - das vez a timidez... risos
Que lindo!
Ué. bela poesia. me lembra a musica dos Goldem Boys- Há um alguém na multidão. Sempre temos alguém em algum lugar na multidão que não vivemoa, apenas sonhamos.
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