Foi um sucesso o lançamento do livro Borboleta Desfolhada de Líria Porto, que nos dá a honra que publicar suas poesias nesse espaço.
Em sua homenagem Assis Horta escreveu:
BORBOLETA DESFOLHADA - LÍRIA PORTO
Numa sericicultura, lá nas bandas do Triângulo Mineiro; não é Beraba nem Berlândia, é Araguari, penduradas em uma amoreira, duas crisálidas travaram o seguinte diálogo:
- Quero sair daqui, diz a primeira...
- Cê doida, pra quê? Aqui tem comida e estamos sempre protegidas dentro deste casulo!
- Quero conhecer o mundo, mostrar minha beleza, beijar as flores mais lindas, viver os prazeres do mundo...
- Cê sabe o risco que vai correr, tem vento, chuva, depredadores e outros perigos mais...
- Num faz mal, quero sair!
Saiu, pousou sua beleza para o mundo, suas asas azuis, tendo no centro dois olhos azuis bem grandes, voou, voou...
Aproveitando uma panapanã que vinha para capital, resolveu vir junto.
Aqui chegando, não se esqueceu dos conselhos da coleguinha que lá ficou, e que seu casulo caiu e ela morreu, preocupou-se em se proteger.
Achou melhor se estabelecer no alto da Serra, de onde podia ver as intempéries e admirá-las, pois via o Espetáculo do Crescimento, do sol, todas as manhãs, vias gotas d'águas nas janelas, como um espetáculo de cristais dançando, via a lua ir de quarto em quarto e se dizendo de família, visitava todos os jardins da vizinhança, e, assim, com todos estes prazeres foi vivendo muito feliz.
Um dia resolveu escrever em versos tudo que via, sentia e registrou, soltou-os pelas ondas dos satélites...
Em uma de suas voltas a Araguari, conheceu um lusitano, que, também, conheceu sua obra.
O lusitano pensou como levar aquela borboleta para além-mar, ela não aguentaria a travessia do Atlântico, como fazer?
Pensou, pensou, e resolver colhê-los pelo satélite e transformá-los em livro.
Assim nasceu sua obra luso-brasileira: BORBOLETA DESFOLHADA.
Em retribuição Líria nos brindou com esta poesia.
muito prazer
líria porto
um cobertor compartilhado
um amigo faz um ponto o outro dá uma laçada
o amor se estende
não importam a distância as dificuldades
não haverá inverno que os desagasalhe
Um comentário:
ôs meninos se eu chorar a culpa é suas!!! muito obrigada, assis, por esse texto lindo, pela tua presença e da deise (dessa vez acertei como escrever o nome)!
obrigada, dornas, gostei imensamente de te encontrar ao vivo e a cores! inté!
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