Convido-o a fazer um exercício de
imaginação.
A foto acima é do quarteirão da Rua Mato Grosso, entre Av.
Augusto de Lima e Rua Guajajaras, Barro Preto.
Imagine que não há asfalto, já que a rua era de
calçamento poliédrico.
Imagine a iluminação pública feita através de postes de
ferro colocados ao longo da via, no meio dela.
Imagine que não há nenhum dos prédios registrados na
foto.
Imagine que não havia placas luminosas; letreiros e
lojas. Apenas o armazém do Seu Bené; o aviário; o bar do Adail(aos sábados eu
engraxava sapatos na sua porta); a oficina do Nonô; a oficina do Zé Preto,
especializada em fabricar moldes para sapatos; o depósito de aguardente do Seu
Domingos; o bar do Seu Antonio na
esquina de Guajajaras e a oficina de conserto de bicicletas na esquina de
Augusto de Lima, de propriedade do meu pai e do meu tio.
Imagine a rua sem os automóveis e sem 90% das pessoas que
por lá transitam hoje.
Coloque um bando de meninos, vestidos de calça curta,
jogando pelada, bente altas ou tico-tico fuzilado, no meio da rua e sem nenhum
perigo.
Era assim nas décadas de 1950 e 1960.
E aí...chegou o progresso.
COM CERTEZA ERA MAIS FÁCIL VIVER.