
MODERNO-ANTIGO
Helena Quental
Na era do amor virtual,
Do caráter virtual,
Do virtual viver,
Nós dois, virtuais amantes,
Juntos no sonho, perdidos no devaneio;
Habitantes da terra do nunca,
Num momento único,
Arquitetado pelo destino,
Nos defrontamos!
Frente a frente,
Olhos nos olhos, braços em cruz!
Imantados pelo mesmo sentimento,
Saltamos do computador
Para um sofá de sala antiga!
Carne viva, pêlos eriçados.
Amor antigo, de tempos remotos, idos.
Bocas coladas, línguas entrosadas;
Mãos ansiosas;
Toques inolvidáveis!
Amizade, simpatia, empatia,
Amor, paixão, avidamente amalgamados.
Esculpidos, transformados em peça
De material não terreno,
Por escultor Maior!
Reinará no ambiente da sala antiga...
Já não somos amantes virtuais,
Mas sim, ocasionais e atemporais!
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